Escrito por Instituto Mix Tempo de leitura: aproximadamente 2 minutos.

Nós passamos grande parte do nosso tempo navegando pela internet, consumimos conteúdo, estudamos, trabalhamos, nos divertimos, estamos em constante movimento virtual, um movimento necessário. Porém, estar na internet tem seu preço, a cada página visitada, aplicativo baixado, interação, e tudo mais que a internet oferece, nós deixamos , inevitavelmente, vestígios. Soltamos nossos dados por meio do caminho virtual, de forma consciente e inconsciente.

Tais dados proporcionam a construção de uma personalidade e possibilitam assim, que empresas forneçam seus serviços e produtos de forma personalizada, aumentando a probabilidade do consumo de tal produto. Uma frase bastante emblemática retirada do documentário “O Dilema das redes”, diz que “se você não está pagando pelo produto, você é o produto”.

A partir dessa perspectiva podemos pensar: qual o valor da utilização dos aplicativos gratuitos? Serviços que “em tese” não pedem uma contraprestação pelo seu fornecimento. Será que o valor não estaria no acesso aos nossos dados? Acesso às nossas preferências? Fica a reflexão.

 

O impacto dos dados em nossas vidas


Outro questionamento perspicaz é referente a indagação: “até onde a prestação de uma experiência personalizada impacta na nossa vida?”. Para comprar um medicamento na farmácia nos solicitam CPF, endereço, qualificação profissional, registram nossos históricos.


E se tais dados forem compartilhados por exemplo com empresas de seguro de saúde, gerando a possibilidade de um histórico de medicamento, de possíveis doenças ou até mesmo a probabilidade de desenvolver determinada patologia, consequentemente o acesso a esse histórico informativo pode proporcionar um plano de saúde mais caro.

Esse tipo de experiência personalizada, além de fomentar a discriminação entre usuários gerando preços distintos entre uns e outros, afronta, ainda, o direito fundamental do livre desenvolvimento da personalidade, na medida que gera conteúdo específico e influência opiniões.

Se determinado usuário passa a receber uma infinidade de conteúdo sobre uma pessoa ou fato, todos no mesmo sentido, existe uma forte possibilidade de influenciar o julgamento desse usuário, de formar uma opinião, que pode ser benéfica ou não.

 

Dados importam e protegê-los é fundamental!


Esse tipo de influência é perigosa, não tão somente no que diz respeito à experiência individual de cada um, mas também da sociedade como um todo. O pesquisador da área, Bruno Bioni, e professor no segmento de proteção de dados, afirma: “seus dados são você, são a sua identidade, a sua personalidade e é por isso, que privacidade e proteção de dados importam”.


Uma nova cultura de proteção e privacidade dos dados está nascendo e com ela garantias importantes. A partir de toda essa perspectiva, um tanto “Black Mirror”, mas muito necessária, podemos refletir: qual o valor dos nossos dados pessoais? Você pode ler sobre como proteger seus dados neste artigo.

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